apelido do time de rugby masculino da Nova Zelândia
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Aqui você encontra palavras do mundo do rugby citadas na reportagem com seus significados.
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Após um histórico conturbado com os Jogos Olímpicos, como você viu até aqui, o rugby conseguiu voltar e se estabilizar na principal competição entre países do planeta. Aquele sonho de Pierre de Coubertin, atualmente, transformou-se em foco principal para qualquer atleta, entre as 33 modalidades existentes nas Olimpíadas. Mas o sevens enfrentou dificuldades dentro do próprio esporte, que, por muito tempo, não o considerou “importante”.
A modalidade nasceu na Escócia, em Moltrose, em 1883. Um clube da cidade criou um campeonato com menos jogadores, que envolvia outras diversas competições de técnicas de rugby simultaneamente, muito parecido com uma gincana. A ideia central era a confraternização de atletas e amigos, com a intenção de arrecadar fundos para a equipe local. E assim o sevens foi amadurecendo por um longo tempo, em tom festivo, como um “apêndice” dos clubes de XV.
Recapitule: o sevens já existia quando o XV entrou nos Jogos Olímpicos pela primeira vez. Até alcançar o quadro de esportes olímpicos, o status da modalidade necessitava mudar, e isso tem início apenas na década de 70, há cerca de 50 anos. Em 1976, foi criado o Hong Kong Sevens, que se transformaria em um dos mais prestigiados campeonatos atuais. A partir desse momento, uma série de mudanças iniciam no rugby, impactando diretamente no desenvolvimento do esporte.
Em 1987 ocorreu a primeira Copa do Mundo de XV. O sucesso de público foi aumentando a cada edição, disputada de quatro em quatro anos. Assim, em 1993, o rugby sevens também ganhou seu mundial. Em 1995, a World Rugby (WR) flexibilizou o profissionalismo ao esporte, anteriormente restrito para amadores, e "vestiu" a responsabilidade de promovê-lo em âmbito global.
É nesse momento que os países que possuíam uma Confederação, passaram a ser filiados à entidade. Não menos importante, a inclusão do gênero feminino, na busca de uma igualdade de patamar, também foi um marco histórico daquele ano.
Seleção feminina da Austrália antes do jogo contra o Canadá pela World Rugby Sevens Series (WRSS), em fevereiro de 2020. Foto: Mike Lee - KLC fotos for World Rugby
O especialista em rugby, Victor Ramalho, mestre em história social pela Universidade de São Paulo (USP) e editor-chefe do Portal do Rugby, veículo especializado do país, é enfático sobre o período. “Em 1995 há uma revolução no rugby. A profissionalização e o reconhecimento do feminino levam a WR buscar alternativas para o crescimento do esporte no mundo. Ela identifica que os Jogos Olímpicos seriam o objetivo e, no futuro, uma ferramenta para isso”, afirma.
O historiador e jornalista aponta fatores que levaram a tal estratégia. “A Olimpíada traria investimento dos Comitês Olímpicos nacionais. Permitiria que países que não tivessem um rugby ‘grande’ (culturalmente), começassem a ter mais recursos. O rugby feminino também teria um melhor acesso aos recursos, além de uma exposição óbvia do jogo. O sevens foi identificado, nesse momento, como uma modalidade a ser trabalhada, o que não era antes”, explica.
Com esse trabalho de expansão, a World Rugby começou a se organizar politicamente. Em 1999, foi criado o circuito mundial masculino de sevens, hoje chamado de World Rugby Sevens Series (WRSS). Essa competição se tornaria vital para a expansão da modalidade. Victor aponta que tal torneio nasceu com o intuito de levar o sevens às Olimpíadas, buscando a separação dos calendários do XV sem que um interferisse economicamente no outro.
As equipes feminina e masculina da Nova Zelândia com suas medalhas de ouro após conquistarem a etapa de Hamilton, pela World Rugby Sevens Series, em janeiro de 2020. Foto: Mike Lee - KLC fotos for World Rugby
“A federação (World Rugby) identificou que o rugby XV tinha o seu caminho, com ligas de clubes e competições entre seleções em abundância. Cerca de 80% do seu orçamento vem da Copa do Mundo de XV, então ela não iria criar uma competição olímpica que competisse dentro desse ecossistema que a financiava. O sevens passa a ser uma modalidade excelente, porque não era desenvolvida, começaria a ter jogadores especializados e não atrapalharia seleções e clubes, pois teria o circuito mundial como calendário”, elucida.
Pulando para o histórico 2009, o ano do anúncio do retorno aos Jogos Olímpicos, o sevens feminino, já com um maior desenvolvimento, realiza sua primeira Copa do Mundo, nos Emirados Árabes. Perceba a proximidade com o presente. Isso fica ainda relevante com a WRSS feminina ter sua primeira edição apenas na temporada 2012/2013. As mudanças no esporte foram muitas em um passado recente. Entretanto, foram essas alterações que justificaram para o COI carimbar o passaporte do rugby às Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
Falando nisso, como você bem lembra no primeiro capítulo desta reportagem, Fiji (masculino) e Austrália (feminino), foram os países que levaram as primeiras medalhas de ouro olímpicas do sevens. Para Victor, a primeira impressão da competição em Jogos Olímpicos foi muito boa. Apesar de detectar que houve seleções que levaram jogadores de XV “para encorpar” o torneio, ele crê em uma diminuição da prática e o surgimento de mais ídolos na modalidade. O especialista vislumbra também um crescimento considerável na Olimpíada de Tóquio, no Japão.
“O rugby no Brasil não é grande, o estádio construído era pequeno e longe do centro principal, o que deixou um pouco eclipsado por outros eventos. Em 2021, se a Olimpíada ocorrer, veremos coisas diferentes. Os japoneses acabaram de sair de uma Copa do Mundo de Rugby XV (2019) excelente. A organização colocará os jogos no estádio central de Tóquio, com quase 60 mil lugares, e a tendência é lotar, se puder ter público. Aí o rugby sevens vai ter o status de baita (sic) esporte olímpico”.
Competições e suas potências
Apesar de ser uma modalidade nova para a World Rugby, o sevens já possui seleções soberanas mundialmente, destaques regionais, e também suas decepções, se comparar os países tradicionais do esporte englobando todas as categorias. O rugby italiano, por exemplo. Potência no XV, atrasado no sevens. Esse patamar é baseado no desempenho das seleções nas três principais competições já mencionadas: Copa do Mundo, Circuito Mundial e Jogos Olímpicos.
Como já falamos bastante sobre a Olimpíada do Rio de Janeiro, tanto no primeiro, quanto neste capítulo, enfatizamos na sequência as outras duas competições.
Rugby World Cup Sevens
Uma vez como principal competição lá na sua criação, em 1993, atualmente a Copa do Mundo de Rugby Sevens diminuiu de tamanho e permanece pelo “glamour” de se chamar Copa do Mundo. Isso porque o Circuito Mundial, criado em 1999, ocorre todos os anos, com diversas etapas, inclusive nas temporadas que coincidem com o mundial. Entretanto, ela permanece no calendário, e de quatro em quatro anos, 24 seleções disputam o torneio no masculino e 16 no feminino.
Lautaro Bazan Velez, atleta da Argentina, marca um try contra a França em jogo válido pela Copa do Mundo de Rugby Sevens em 2018. Foto: Mike Lee - KLC fotos for World Rugby
Entre os homens, em sete mundiais, a Nova Zelândia ficou com o título em três (2001, 2013 e 2018). Quem compete a soberania com os “All Blacks” é Fiji, que vem logo atrás, com dois mundiais (1997 e 2005). A Inglaterra foi a primeira campeã, em 1993, e encerra a lista, também com um título, a seleção do País de Gales, que triunfou em 2009. Austrália, com dois vice-campeonatos, e África do Sul, com um, são seleções de destaque que bateram na trave, mas ainda não levaram o troféu principal.
Já para as mulheres, foram três edições. Fazendo a dobradinha dos gêneros, a Nova Zelândia também é a maior detentora de títulos, com os dois troféus conquistados em 2013 e 2018, além de um vice em 2009. Nesse ano de estreia, quem ficou com o caneco foi a Austrália. Acumulam segundas colocações também, as seleções de Canadá (2013) e França (2018). Uma curiosidade é que os Estados Unidos chegaram às semifinais em todos os mundiais, mas nunca avançaram à final.
A próxima Copa do Mundo de Rugby Sevens ainda não tem datas definidas. O que se sabe até o momento é que ocorrerá em três dias, entre setembro e outubro de 2022, na Cidade do Cabo, capital legislativa da África do Sul. Por enquanto, apenas o país sede está classificado para os naipes masculino e feminino, que serão disputados simultaneamente pela primeira vez na história. Esse também será o primeiro mundial em solo africano.
World Rugby Sevens Series
O circuito mundial (WRSS) veio com a tal revolução que o rugby necessitava, inicialmente com o masculino, em 1999, e posteriormente com o feminino, em 2012. As competições estrearam seus respectivos torneios com 17 seleções participantes. Atualmente o campeonato possui dez etapas entre os homens, e oito entre as mulheres. Uma questão importante é que nem todas as seleções disputam todas as etapas.
Algumas são convidadas dependendo da localização e da organização do evento. O certo é que entre os homens, 16 seleções são divididas em quatro grupos, enquanto entre as mulheres, 12 equipes são divididas em três grupos. Ao final de todas as etapas, a seleção que somar mais pontos é a campeã do circuito.
A atleta canadense, Keyara Wardley, comemora o try marcado contra a equipe australiana em Sydney, pela World Rugby Sevens Series, em fevereiro de 2020. Foto: Mike Lee - KLC fotos for World Rugby
No histórico masculino, após 21 edições, a supremacia continua com os neozelandeses. Desta vez a vantagem em relação aos seus adversários é enorme. Foram 13 títulos, mais que a metade dos torneios já disputados, com direito a um hexacampeonato entre 1999/00 e 2004/05, e um tetracampeonato entre 2010/11 e 2013/14.
Desde então, não havia levantado mais o troféu, quebrando o tabu na temporada 2019/2020, marcada pelo encerramento do campeonato com pouco mais de 50% das etapas concluídas, por conta do novo coronavírus.
A seleção de Fiji é a segunda maior vencedora, com quatro títulos de circuito mundial (2005/06, 2014/15, 2015/16 e 2018/19). Na sequência vem a África do Sul, com três triunfos, comemorados em 2008/09, 2016/17 e 2017/18. Solitária com um título de circuito mundial, o feito de Samoa é até hoje lembrado como uma das grandes surpresas da história do campeonato, em 2009/10.
Os registros do feminino são em menor quantidade, e, ainda mais monopolizado que o masculino. Apenas Nova Zelândia, com seis títulos, e Austrália, com dois, foram campeãs, contabilizando todas as oito edições. As “Wallaroos” conseguiram evitar a supremacia das “Black Ferns” apenas nas temporadas 2015/16 e 2017/18.
Historicamente, o Canadá é o que mais se aproxima das duas seleções. As “Canucks” acumulam um vice-campeonato (2014/15), e seis terceiros lugares. A única que vez que ficaram fora do pódio foi em 2017/18, com o quarto lugar.